ABATE HUMANITÁRIO





Saber se há bem-estar animal na produção e no manejo pré-abate não é só sinônimo de qualidade sanitária, mas também de qualidade ética, pois faz parte da preocupação moral dos consumidores. As atividades voltadas ao bem-estar animal estão cada vez mais presentes no dia-a-dia e não haverá retrocesso. O mesmo se aplica às mudanças econômicas, culturais e ambientais.

Com base em evidências científicas indiscutíveis, passou-se a reconhecer que os animais são seres sencientes, ou seja, capazes de sofrer ou expressar satisfação e felicidade. Portanto, esses animais não devem ser levados ao sofrimento desnecessário. O bem-estar deve sempre estar presente em todas as etapas de sua vida, garantindo o manejo adequado desde a criação até o momento do abate.
Abate humanitário e manejo pré-abate


Bovino sendo transportado

O abate humanitário pode ser definido como o conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até o manejo no frigorífico.
O excesso de agressividade neste manejo pré-abate provoca o estresse dos animais, comprometendo o seu bem-estar, causando dor e sofrimento ao animal, o que é percebido através dos hematomas, das contusões e das fraturas.
Uma das etapas que causam mais estresse no período pré-abate é o transporte. Quando os animais são expostos a novo grupo social, ambiente diferente e contato com pessoas estranhas, o estresse psicológico aumenta, assim como o estresse físico causado pelo desgaste durante o embarque, tempo de transporte e desembarque.

Interação homem-animal

A interação correta homem-animal, melhora o bem-estar dos animais. A interação inadequada do homem com os animais pode aumentar o estresse psicológico e físico, afetando o bem-estar dos animais durante o embarque, o desembarque e a condução no frigorífico. As conseqüências são animais cansados, machucados e com temperatura elevada.
Assim, há necessidade do treinamento de todas as pessoas envolvidas, dentre eles: motoristas, funcionários das fazendas/ granjas e frigoríficos, assim como dos veterinários responsáveis pela inspeção do abate, que estão envolvidos diretamente na forma de organizar o manejo e melhorar o bem-estar dos animais.

Descanso para os animais

Durante o tempo de descanso, os animais necessitam estar em ambientes calmos e com acesso a água para que se recuperem do desgaste e da desidratação gerados durante o transporte.
As instalações devem estar adequadas, não apresentando bordas salientes e cortantes e com áreas de descanso protegidas das condições climáticas adversas e com ventilação adequada.

Abate humanitário

Antes do abate, deve-se garantir que todos os animais estejam insensibilizados corretamente, para que a morte se dê enquanto estão inconscientes (anestesiados), evitando o sofrimento no momento da sangria. Devemos respeito aos animais e o mínimo que podemos garantir é que todas as práticas no manejo ocorram com o menor grau de sofrimento possível, e que na cadeia de produção haja preocupação ética, social e ambiental como um todo. Além de evitar o sofrimento, a carne dos animais abatidos no formato de abate humanizado ficam com uma coloração mais clara, evita odores fortes e melhora a macies.

Fonte: http://www.wspabrasil.org

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