SELEÇÃO DE BOVINOS DE CORTE ATRAVÉS DE SUA EFICIÊNCIA ALIMENTAR



        A produção de bovinos de corte é uma das mais importantes atividades econômicas do Brasil, destacando se como a maior fatia do agronegócio brasileiro. As cadeias produtivas da carne e do couro bovino faturam, cerca de US$100 bilhões anualmente. Quando falamos de bovinocultura de corte, a alimentação é a maior despesa individual, portanto, buscar animais mais eficientes na utilização dos nutrientes proporciona a redução dos custos de produção. Porém ao passar dos anos os principais programas de melhoramento genético em especial da raça Nelore no país deram pouca ou nenhuma atenção para a ingestão de alimentos, esses programas visavam principalmente características de produção, reprodução e econômica. No entanto a avaliação da eficiência alimentar foi deixada de lado. Mas em outros sistemas de criação como o de suínos e aves a avaliação realizada no sentido de identificar animais mais eficientes no aproveitamento dos nutrientes ofertados já acontece a bastante tempo utilizando o consumo alimentar residual (CAR), sugerido inicialmente por KOCH, et al. (1963).
      Devido sua importância nas últimas duas décadas, a medida de eficiência alimentar vem sendo mais estudada em bovinos de corte no mundo é o Consumo Alimentar Residual (CAR). O método de avaliação da eficiência alimentar consiste em calcular a diferença entre o consumo de matéria seca observada e esperada do animal, através de uma equação de regressão do consumo de matéria seca individual em função do peso corporal metabólico e do ganho médio diário do animal durante o período de avaliação.


Através dos dados mensurados com a equação pode-se identificar dois tipos de animais;
· Animais mais eficientes serão os que apresentarem baixo CAR e que consomem menos alimentos que o esperado para mantença e produção.
· Animais menos eficientes serão os que apresentarem alto CAR e que consumem mais alimentos que o esperado para mantença e produção.

       O intuito da seleção de animais com baixo CAR, é que seu potencial de converter mais os alimentos ofertados reduzem significativamente os custos de alimentação na produção de carne, maior lucro ao pecuarista e menor emissão de gás metano devido o menor consumo. Dessa forma a seleção de animais mais eficientes só tende a melhorar nossos sistemas de criação na pecuária de corte.

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